terça-feira, 27 de abril de 2010

Palavras do gênio Bilac

Ao coração que sofre, separado
Do teu, no exílio em que a chorar me vejo,
Não basta o afeto simples e sagrado
Com que das desventuras me protejo.

Não me basta saber que sou amado,
Nem só desejo o teu amor: desejo
Ter nos braços teu corpo delicado,
Ter na boca a doçura de teu beijo.

E as justas ambições que me consomem
Não me envergonham: pois maior baixeza
Não há que a terra pelo céu trocar;

E mais eleva o coração de um homem
Ser de homem sempre e, na maior pureza,
Ficar na terra e humanamente amar.

(Olavo Bilac)

Frases de Jabor

"A canalhalogia é uma ciência nova. Sem estudá-la não se pode entender o Brasil de hoje. Ela não é desvio, é a norma".

E não é a verdade?

segunda-feira, 26 de abril de 2010


No céu azul,
dois pássaros voam.
Acompanho-os de longe.
Que sorte,
quanta liberdade,
Contemplam toda a imensidão,
da Divina criação.
Mais um se achega à dupla.
Brincam.
Rodopiam.
Vivem!
Pudera eu viver como os pássaros.
Livre,
Voando,
Lá longe no céu.
Longe dos homens
E mais perto de Deus.

domingo, 25 de abril de 2010

Quando entramos no quarto,
naquele domingo à noite,
já sabia o que nos esperava.
Naquele quarto,
sorrimos juntos,
choramos,
crescemos,
renascemos.
Daquela vez, seria diferente.
Quando você começou a falar,
encostei-me num travesseiro,
pois sabia que aqueles momentos não seriam fáceis.
Olhando para o teto,
reparei em rachaduras, tão pequeninas,
que formavam caminhos sinuosos.
Será que elas já estavam lá antes
ou será que as rachaduras partiam de mim?
Foi quando você disse,
- É por isso que quero terminar.
As lágrimas rolaram mais fortes,
mais pesadas.
E as rachaduras,
viraram uma coisa só.
Permaneci imóvel,
com a cabeça voltada para o teto.
Não tinha reação.
Quando abri os olhos,
As rachaduras não estavam mais lá.
Sei que elas não sumiram,
apenas se juntaram àquelas que eu trazia comigo.
Você também trazia lágrimas nos olhos,
na alma,
no coração.
E o melhor a fazer era justamente,
o que você fez.
Me deixou ali,
Sozinho com minhas rachaduras.
"(...) Afinal de contas, acordar era como nascer. A gente emerge sem história. Depois, entre um piscar de olhos e um bocejo, reorganiza o passado, dispondo de fragmentos em ordem cronológica, reunindo forças para enfrentar o presente."

(Dennis Lehane, Ilha do Medo)

Música do dia - Marina Machado, Candura

Ela é uma das revelações da música mineira, já fez parceria com Flávio Venturini (inclusive, tem a música aqui no blog) e tem uma voz inconfundível.

Deixo com vocês, alguns versos de Candura, com Marina Machado (se não estou enganado, a letra é do Max de Castro).

" (...) Eu sei de cor que o amor que eu tenho por você
É o que eu tenho de melhor

A vida é dura mas ela só faz melhorar
A vida é dura mas ela só faz melhorar
Nesse meu navegar
Tudo é impreciso, incerto
E tem juros altos demais"



quarta-feira, 21 de abril de 2010

Soneto das estrelas...


Ontem, enquanto fazia meu caminho ao lar
O céu fez para mim uma escolta,
Eu nem percebi o caminho de volta,
Admirado com as estrelas que teimavam em brilhar.

Sorria, sorria, aqui está seu presente.
Surpreso, acanhado, para cima olhei,
Foi quando, no espaço, ao longe avistei,
Um grupo de estrelas dançando contentes.

- Conosco, ao céu, queremos levar-te,
É Deus quem nos manda a Ele guiar
Levante, nos siga, aceite alegrar-te

- No espaço longínquo, está por ti a esperar.
De olhos fechados, aceito o convite
E sinto as estrelas, ao céu me elevar.

Brasil?



Brasil,
Da mata verde
Amarelo ouro,
Do azul anil?
Besteira.
Balela,
Infâmia.

Brasil,
Do amor eterno,
Um sonho intenso,
Um raio vívido?
Quem dera,
Já fora,
Outrora.

Brasil,
Do samba-rock,
Do futebol,
De sol e praia?
Engana,
Esconde.
A quem valha!

Brasil,
Do lixo,
Luxo,
Do vício?
Pois não,
Assim,
Mostra tua cara!


domingo, 18 de abril de 2010

Música do dia - Noites com sol, Flávio Venturini


Sabe aquela música, que você ouve uma vez, e a letra, a melodia, o ritmo, tudo, fica na sua cabeça pra sempre?


Conheci Flávio Venturino há uns 10 anos atrás, ainda adolescente, assim que descobri de verdade, o que era MPB.


Noites com Sol é pura poesia, sentimento! É a cara do Flávio Venturini, um dos maiores artistas de nossa música!


Noites com Sol

Ouvi dizer que são milagres
Noites com sol
Mas hoje eu sei não são miragens
Noites com sol
Posso entender o que diz a rosa
Ao rouxinol
Peço um amor que me conceda
Noites com sol

Onde só tem o breu
Vem me trazer o sol
Vem me trazer amor
Pode abrir a janela
Noites com sol e neblina
Deixa rolar nas retinas
Deixa entrar o sol

Livre será se não te prendem
Constelações
Então verás que não se vendem
Ilusões
Vem que eu estou tão só
Vamos fazer amor
Vem me trazer o sol
Vem me livrar do abandono
Meu coração não tem dono
Vem me aquecer nesse outono
Deixa o sol entrar

Pode abrir a janela
Noites com sol são mais belas
Certas canções são eternas
Deixa o sol entrar


E com vocês, deixo uma das minhas músicas prediletas. Uma daquelas que eu ouço, inúmeras vezes e sempre me emociono!
Versão ao vivo, com participação da revelação mineira, Marina Machado



Vinicius de Moraes

Faço das palavras de Vinicius, o que sinto neste momento.

Tomara
Que você volte depressa
Que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho
E chore, se arrependa
E pense muito
Que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho

Tomara
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz

E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais...

(Vinicius de Moraes)

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Música do dia: Falling Slowly

Galera,

Não costumo postar músicas que não sejam brasileiras por aqui, é mais uma questão de gosto mesmo. Mas, passeando pelos blogs de uns amigos, mais especificamente da Lígia, o Sem Rodeios (hoje, só estou me apropriando das ideias alheias né?), encontrei uma música que realmente me tocou. Pela sinceridade, pela letra, pela melodia, pelas vozes, pelo sentimento.

Trata-se de Falling Slowly, de Glen Hansard e Markéta Irglová.
Essa música, simplesmente ganhou o Oscar de Melhor Canção Original de 2008 (e eu não fazia ideia de sua existência! Que feio Luiz!).

Ela faz parte da trilha sonora do filme Once, estrelado pelos próprios cantores.
O filme teve orçamento de apenas 70 mil dólares (quase um Avatar da vida né! rs), fez um mega sucesso e virou uma febre independente na Europa (o filme é irlandês).


Peguei uma sinopse do filme, no site interfilmes.com:

Once (Apenas Uma Vez) é um daqueles conto de fadas urbanos, que você sai do cinema fazendo seu máximo para evitar entrar em contato com a vida real novamente. (L.A. Weekly).



Ele é um talentoso músico, que ganha a vida com seu violão nas ruas de Dublin e ajuda o pai em uma loja de aspiradores de pó. Ela é tcheca que anda pelas mesmas ruas, vendendo rosas para sustentar sua família e tem como hobby o piano. O acaso fez com eles se encontrassem e a paixão pela música fará com que eles vivam uma experiência inesquecível. Uma linda história de amor embalada por músicas que traduzem os caminhos do coração.

A trilha sonora, pelo menos, é de altíssima qualidade.
Deixo com vocês então, Falling Slowly.

Ouçam.
Apreciem.
Vale muito a pena!





Grande abraço!

Razão de ser, de viver, de escrever...

Peço licença e permissão à minha amiga Ingrid, do blog Pasárgada, para apropriar-me de um poema do Leminski, que traduz exatamente a minha razão de escrever.

Em uma frase, o grande Leminski, define: Escrevo porque preciso!

Será que tem de ter um porquê?


Razão de ser

Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.

Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.

A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?

Paulo Leminski

quarta-feira, 14 de abril de 2010

As palavras do mestre Drummond!


Queria eu ter escrito essas palavras...

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer
seu coração parar de funcionar por alguns segundos,
preste atenção: pode ser a pessoa
mais importante da sua vida.

Se os olhares se cruzarem e, neste momento,
houver o mesmo brilho intenso entre eles,
fique alerta: pode ser a pessoa que você está
esperando desde o dia em que nasceu.

Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo
for apaixonante, e os olhos se encherem
d'água neste momento, perceba:
existe algo mágico entre vocês.

Se o 1º e o último pensamento do seu dia
for essa pessoa, se a vontade de ficar
juntos chegar a apertar o coração, agradeça:
Algo do céu te mandou um presente divino : O AMOR.

Se um dia tiverem que pedir perdão um
ao outro por algum motivo e, em troca,
receber um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos
e os gestos valerem mais que mil palavras,
entregue-se: vocês foram feitos um pro outro.

Se por algum motivo você estiver triste,
se a vida te deu uma rasteira e a outra pessoa
sofrer o seu sofrimento, chorar as
suas lágrimas e enxugá-las com ternura, que
coisa maravilhosa: você poderá contar
com ela em qualquer momento de sua vida.

Se você conseguir, em pensamento, sentir
o cheiro da pessoa como
se ela estivesse ali do seu lado...

Se você achar a pessoa maravilhosamente linda,
mesmo ela estando de pijamas velhos,
chinelos de dedo e cabelos emaranhados...

Se você não consegue trabalhar direito o dia todo,
ansioso pelo encontro que está marcado para a noite...

Se você não consegue imaginar, de maneira
nenhuma, um futuro sem a pessoa ao seu lado...

Se você tiver a certeza que vai ver a outra
envelhecendo e, mesmo assim, tiver a convicção
que vai continuar sendo louco por ela...

Se você preferir fechar os olhos, antes de ver
a outra partindo: é o amor que chegou na sua vida.

Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes
na vida poucas amam ou encontram um amor verdadeiro.

Às vezes encontram e, por não prestarem atenção
nesses sinais, deixam o amor passar,
sem deixá-lo acontecer verdadeiramente.

É o livre-arbítrio. Por isso, preste atenção nos sinais.
Não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem
cego para a melhor coisa da vida: o AMOR !!!


(Carlos Drummond de Andrade)

terça-feira, 13 de abril de 2010

Saudades de vovó


Quando vovó morreu,
Papai nem imaginava,
Que um dia,
Eu estaria por aqui.

Já faz tanto tempo.

Mas passe o tempo que for,
As lembranças sempre permanecerão pra ele.

Era fim de ano,
E as cigarras já começavam a cantar.

E então, vovó se foi.
Papai a carregou nas costas,
Sozinho.
Sofrendo a dor da perda,
Da morte,
da impotência,
a dor da saudade.

Tentou apagar da memória aquela cena.
Impossível.
Pois bastava uma cigarra cantar,
E ela voltava à sua memória.

Ainda hoje, ouço a prece de papai,
quando o fim de ano chega.

"Cigarra,
Só te peço uma coisa.
Não peço que pare teu canto,
Altivo, formoso em encanto.
Só peço que cante baixinho,
pra que eu não sinta mais a dor,
De não ver mamãe,
A quem amava tanto!"

Música do dia - Voz no ouvido, Pedro Mariano

Foi com essa música que despertei para a beleza da MPB!

"Deixa de lado essa tristeza
Beija, afasta esse tormento
Deita nesse amor desarrumado
Chega de perder tanto tempo"



Dicas culturais muito valiosas

Galera,

Tenho 2 dicas culturais super bacanas! Uma delas já é para esse final de semana, e é aqui pertinho, no Sesc Santo André. A outra é só em maio. Mas já é bom se preparar. Vai esgotar rapidinho!


IN ON IT

SESC Santo André

Dia(s) 17/04, 18/04 Sábado e domingo, às 20h.

Com texto de Daniel MacIvor, a peça traz ao palco dez personagens, todos vividos por Emílio de Mello e Fernando Eiras. Em cena, três planos diferentes se entrelaçam: um homem escreve uma peça sobre alguém que sofre um acidente, dois amantes veem seu amor terminar e, no último, dois homens contam esta história. Assim, três esferas são apresentadas e fundidas: a peça, o espetáculo e o passado. O pano de fundo das cenas é formado por paredes descobertas, duas cadeiras e uma iluminação que caracteriza cada diferente realidade.

Direção: Enrique Diaz. Com Emílio de Mello e Fernando Eiras.
Duração: 60 minutos.

R$ 20,00 [inteira]
R$ 10,00 [usuário matriculado no SESC e dependentes]
R$ 5,00 [trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes]

PS* - A peça foi muitoooo bem recebida pela crítica, inclusive, ganhando vários prêmios, entre eles o Prêmio Shell (melhor ator e direção), no comecinho desse mês.


A outra dica vem de fora! E essa, eu esperava há um bom tempo!
Vou correndo atrás do meu ingresso!

Voca People Tour Brasil 2010

O grupo israelense Voca People volta ao Brasil. A trupe se apresenta em seis cidades, de 26 de abril a 23 de maio. Em São Paulo, o grupo canta nos dias 08 e 09 de maio, no Teatro Anhembi Morumbi.

Os artistas se auto-intitulam oito aliens, amigos do Planeta Voca – um mundo onde a comunicação é feita apenas por expressões vocais , que ao longo dos anos ouviram a música da Terra e agora querem por em prática a habilidade que desenvolveram: a de imitar sons. Assim, sem instrumentos ou qualquer outro recurso além de suas figuras impressionantes, unem com maestria teatro, música e performances em um show incrível. Cantorias à capela, coreografias e o moderno beat-box sons produzidos com a boca imitando instrumentos musicais , surpreendem as platéias em um espetáculo imperdível e muito bem humorado.

Fenômeno de acessos no Youtube, grupo performático Israelense, que transforma voz em música e sons de beat-box. O Voca People é um projeto que leva a assinatura do israelense Lior Kalfo, ganhador de prêmios em comédias. Ele passou quatro anos desenvolvendo a idéia e o conceito do grupo.

Voca People Tour Brasil 2010
Teatro Anhembi Morumbi
Local: Rua Dr. Almeida de Lima, 1134 – Mooca (próximo da estação Belém do Metrô)
Data: 08 e 09 de maio de 2010
Horário: sábado, 21h; domingo, 18h e 21h
Recomendação: livre
Preço: de R$ 60,00 a R$ 180,00
(11) 4003 1212
(Fonte: http://www.destaquesp.com/ - por Cléo Tassitani)



Pra quem não conhece o grupo, aí embaixo tem um aperitivo!


domingo, 11 de abril de 2010


"Enquanto você dorme, eu te admiro.
De olhos fechados, você sonha.
Mas, com o que estaria sonhando?
Com a vida,
Um amor,
Comigo?
Acaricio seus cabelos,
lisos, macios, envolventes.
E você, nem se mexe.
Permanece imóvel,
Absorta em seu sonho.
Suspiro, admirado por tamanha beleza.
E então, você abre os olhos.
Tudo pára por um ou dois segundos.
Você me dá um sorriso sutil,
E eu, beijo-lhe os lábios.
Um "eu te amo", verdadeiro, encerra a cena.
Cotidiana.
Corriqueira.
De cinema."

Música do dia - Paciência, Lenine

(...) "Enquanto todo mundo espera a cura do mal

E a loucura finge que isso tudo é normal

Eu finjo ter paciência

O mundo vai girando cada vez mais veloz

A gente espera do mundo e o mundo espera de nós

Um pouco mais de paciência" (...)

Seus olhos tristes,
Conversavam com os meus
Sem que disséssemos uma só palavra.
Por vezes, eles me suplicavam,
"Ama-me como outrora,
Como nos tempos em que eramos felizes.
Apenas, ama-me!"
Meus olhos responderam
Com uma lágrima,
Depois outra,
E mais outra.
Talvez, estivessem respondendo,
"Perdoa-me,
Perdoa-me por não te amar mais.
Mais uma lágrima lenta,
Escorrendo pelo rosto,
Completou a resposta.
Nossos olhos se fecharam
E ali, se encerrou nossa conversa.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Música do dia - Risos e Memórias

Na voz do Pedro Mariano, aliás, meu cantor predileto, essa música exala poesia, sentimento, coração!

Vale ouvi-la em momentos de alegria ou tristeza, hoje, amanhã, sempre!


Risos e Memórias (Diego Saldanha)

Quando você
Lembrar e passar por aqui
Deixe o orgulho de lado
Senta que eu posso te entender

Mude a canção
Aquela não serve pra mim
Deixa eu sentar do seu lado
Adormecer o passado
E ter a certeza que os meus sonhos
Brilhariam num olhar

(Refrão)
Eu espero que você não esqueca
Que eu te contava histórias
Que valiam risos e memórias
Tão sinceras
Que eu desejava o mundo
Dentro de um postal

Se amanhecer
Não há mais porque se enganar
Sei que já fomos culpados
Mas não me importo em me render

Tente encontrar
Caminhos na nova canção
Eu vou estar preparado
Pra me deitar do seu lado
E na certeza dos seus olhos
Haveria o meu lugar







quinta-feira, 8 de abril de 2010

Bridgestone Music Festival 2010

No ano passado, o Bridgestone Music Festival dedicou duas noites aos 50 anos do "Kind of Blue", obra-prima de Miles Davis, um dos maiores jazzistas da história. Neste ano, o festival chega maior e com a proposta do ineditismo reforçada. Em quatro noites, de 19 a 22 de maio, passam pelo palco do Citibank Hall (zona oeste da cidade de São Paulo) revelações do jazz e de outras vertentes da música negra com repertório preparado especialmente para o evento.
Entre os que nunca fizeram show no Brasil, estão a cantora norte-americana Melissa Walker, que se apresenta com o contrabaixista Christian McBride, e o baterista argentino Daniel "Pipi" Piazzolla, que interpreta sucessos de seu avô Astor à frente do sexteto Escalandrum.
Inédito também no Brasil, o The Overtone Quartet tem em sua formação músicos bem-falados do jazz contemporâneo. Os "all stars" Dave Holland (baixo), Jason Moran (piano), Chris Potter (saxofone) e Eric Harland (bateria) se juntaram há pouco tempo, mas já fizeram fãs na Europa durante os festivais de verão de 2009.
Para compor a ala das exímias cantoras, o festival escolheu Dee Alexander, autora de um dos melhores discos de jazz da última década, segundo a publicação especializada "Down Beat", e Barbara Walker, ex-integrante da banda de soul Pieces of a Dream, que sobe ao palco escoltada pelo pianista e compositor Uri Caine. Alexander, por sua vez, vem com a banda Evolution Ensemble.
A potente música gospel, o legendário blues e o reinventivo soul chegam representados pela banda do clarinetista, saxofonista e compositor nova-iorquino Don Byron, a New Gospel Quintet e pelo trompetista Christian Scott, destaque também da cena norte-americana.
Dos mais conhecidos, o pianista Ahmad Jamal vem mostrar porque Miles Davis foi um de seus grandes fãs. Um dos principais representantes do jazz moderno, Jamal se apresenta no segundo dia do festival.


PROGRAMAÇÃO




19 de maio

Christian Scott Quintet / Uri Caine & Barbara Walker



20 de maio

Dee Alexander & Evolution Ensemble / Ahmad Jamal


21 de maio

The Overtone Quartet / Piazzolla y Piazzolla


22 de maio

Melissa Walker & Christian McBride / Don Byron & New Gospel Quintet



Citibank Hall - al. dos Jamaris, 21, Moema, zona oeste, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/4003-5588. Qua. a sáb.: 21h. Abertura: 19/4. Até 22/4. Ing.: R$ 50 (setor 3), R$ 60 (setor 2), R$ 70 (setor 1), R$ 100 (setor VIP) e R$ 120 (camarotes).

(Fonte: Guia da Folha UOL)

Galera, só posso dizer uma coisa, ano passado fui ao Bridgestone Musical Festival e foi SENSACIONAL!

Sem dúvida alguma, esse ano, estarei lá novamente!

Acessem o site do festival, lá vcs encontram fotos, vídeos e mais informações!


http://www.bridgestonemusic.com.br/

RECOMENDADO!!!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Tava com saudades de escrever uma crônica!

A bendita poltrona G

Voar nem sempre é uma experiência agradável.
Diz-se que o avião é o meio de transporte mais seguro que existe.
Mas, só aquelas recomendações no início de todo vôo, é de deixar qualquer um preocupado. Máscaras para despressurização da cabine, assentos que viram bóia, saídas de emergência!
Isso sem falar na comida! Tudo vem em miniatura, sem cor e sem gosto.
Não bastasse tudo isso, ainda temos de agüentar o “mega conforto” das poltronas.
Claro que quando digo isso, me refiro às poltronas da classe econômica. Porque, as da primeira classe são praticamente suítes de hotéis 5 estrelas. O passageiro só tem de apertar um botão e sua poltrona vira uma bela cama com uma massagista tailandesa exclusiva. Ou, uma jacuzzi com água a 40°C, sais aromáticos e um CD de mantra com canções gravadas pelos próprios monges tibetanos. Ou, uma cadeira na primeira fila de um show do Frank Sinatra. Frank Sinatra?
Pois é, o próprio. Isso é pra que vejamos como a primeira classe é poderosa!
Já os súditos da terceira classe, ou como rege o eufemismo, classe econômica, nos apertamos em poltronas pequenas, que reclinam meio centímetro. E quando reclinam né?
Os comissários de bordo que atendem a “classe econômica” receberam sua educação nas escolas mais conceituadas da Suíça. É uma vontaaade de ajudar, que eu vou te falar viu!
O pior de tudo ainda está por vir. Os vizinhos de assento.
Confesso que a primeira coisa que faço quando entro num avião é buscar meu assento e torcer pra ter uma boa companhia para o trajeto.
Boa companhia não se traduz em mulher bonita. Não necessariamente. Se for, que mal tem?
Mas pelo menos, uma pessoa simpática, que não encha o seu saco, ou que não durma no seu ombro em 95% da viagem.
Como sou muito sortudo, quase nunca tenho vizinhos assim.
Uma vez, num vôo de mais ou menos 10 horas, fui designado para sentar-me na última fileira de poltronas, ou seja, aquelas que não reclinam nem meio-centímetro.
Para piorar as coisas, a minha poltrona era a G! No meio de mais duas pessoas.
Não faltou torcida, mas sobrou azar.
Uma senhora, muito educada por sinal, quase me chutou quando percebeu que estava no lugar dela.
Não que eu estivesse tentando ser mau-caráter, foi desatenção mesmo.
Pois aquela velha, quer dizer, senhora, me fuzilava com o olhar, todas as vezes que eu precisava ir ao banheiro. Vou fazer o que, se a única coisa que servem no avião e que tem um gosto bom é água? E olha que geralmente, água não tem gosto.
Quando pensei que o outro assento estaria vazio, sentou-se um rapaz, muito delicado, que ao colocar sua mala no bagageiro, só faltou usar um pé de cabra.
Coitado dele. Acho que por causa do ar-condicionado, ele havia contraído um resfriado. Assoava o nariz de 3 em 3 minutos. Nos primeiros 10 minutos, achei que passaria. Mas depois, quase passei uma fita adesiva no nariz dele pra ver se parava pelo menos um pouco.
Achando que tudo estava perdido, afundado em meu banco confortável, rodeado por seres estranhos, inimigos, decidi dormir.
E não é que a tiazinha dormiu também?
No meu ombro!
E por mais que eu me sacudisse, ela arranjava um jeito de se acomodar. Acho que nunca sonhou tanto como naquele dia.
A aeromoça passou por mim e me perguntou se eu precisava de alguma coisa.
- Sim, você pode me trazer uma arma? eu perguntei a ela.
Ela não riu e ainda fez menção de chamar o comandante do avião. Bancando o engraçadinho, ainda continuei.
- Moça, estava só brincando. Não precisa ser uma arma não, pode ser só um pára-quedas.
Ela virou as costas e foi embora.
Quando chegamos ao nosso destino final, meu amigo com resfriado decidiu conversar comigo sobre seu doutorado. Ele fazia alguma coisa na área de zootecnia. Aí, bateu o medo.
Será que a gripe dele era suína ou aviária?
Foi então que a tiazinha acordou. Parecia a bela adormecida, abrindo os olhos e sorrindo para o seu príncipe encantado. A minha vontade era de ser a bruxa má, pra dar-lhe a maçã envenenada.
Nem desculpas ela pediu. Nem um, “foi sem querer”.
Tirou o cinto, levantou-se, pegou a mala no bagageiro e foi embora.
E eu reclamando das encoxadas que levava no trem, nos horários de rush.
É como já diz o bom e velho ditado, “pobre só se ferra mesmo”.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Depois de um trabalho voluntário preciosíssimo...

Amar é servir,
É se dar, é sentir.
Ama quem dá e quem recebe.

Dá-se um pedaço de pão,
Ganha-se um sorriso.
Oferecemos a mão,
E ganhamos um braço,
Um abraço,
Um coração.

Deve-se dar sem olhar a quem,
Afinal, fazer o bem
A alguém,
É dom de Deus, o altíssimo,
Nosso Senhor,
Amém!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Houve um dia...

Houve um dia na minha vida
Em que nada fazia sentido.
Não havia cores, cheiros, sons,
Meu arco-íris era branco e preto
Minhas flores não exalavam aroma algum.

Tudo era triste, sem graça, vazio.


Houve um dia então, que você apareceu.
Cor por cor,
Meu arco-íris foi se pintando.
As flores me seduziam de longe
E a vida, enfim era vivida.

Houve um dia, que eu amei seu jeito,
Sua fala, seu olhar.
Tudo em você me arrebatava,
Era impossível não te amar.

Houve um dia, que esse amor se foi.
Você se foi.
E eu fiquei.
Inerte, imóvel, infeliz.
Você me levara tudo,
E deixara o seu eu em mim.

Aprendi a ser feliz sem você,
Sem seu sorriso, sem seu amar.
Mas hoje, sei com certeza,
Houve um dia, que pra mim,
Sempre haverá.

Banda da Semana: Nosotros


Hoje em dia, é comum encontrarmos algumas bandas muito boas no nosso cenário musical. Porém, a banda que lhes apresento vai além disso.

O Nosotros tem uma sonoridade que me lembra Los Hermanos, metais que dão um toque todo especial à banda, instrumentistas afiados e vocais que exalam paixão. Pela música. Por tudo aquilo fazem.

Mais do que artistas, quando sobem ao palco, os integrantes são crianças que se divertem com seus brinquedos prediletos.

Com oito integrantes, e sonoridade pop rock, a banda passeia pelo folk e privilegia melodias em todos os âmbitos, com batidas marcantes e letras sensíveis.
Vale a pena conferir as faixas: "A Volta", "Sorte", "Lado B" e "Meu presente".
Ric, Lala e galera da banda, tô aqui torcendo por vocês!
E prometo que ainda vou vê-los ao vivaço!




(A qualidade não é tão boa, mas já dá pra ter uma ideia da qualidade musical da banda!)