sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Em meio ao caos, a calmaria...

Dizer que São Paulo é a cidade do caos, da correria e do stress é chover no molhado.
São movimentos automáticos, como descer do metrô, subir correndo a escada rolante pra tentar não perder o ônibus ou o trem.
Pessoas se esbarram e nem ao menos voltam a cabeça para pedir desculpas, ou ao menos pra saber em quem esbarrou.
Eu também sou assim.
Mas ontem, mesmo em meio a esse caos, enquanto subia as escadas da Estação Ana Rosa, dirigindo-me a uma reunião no escritório, deparei-me com um dos poemas de Alberto Caeiro (heterônimo de Fernando Pessoa). Era um dos cantos de
O Guardador de Rebanhos.
Não parei pra ler ali, pois sabia que seria atropelado (isso é fato!). Mas, fiquei imaginando o conteúdo daquele poema e o contraste com toda aquela correria à minha volta.


Esses são os primeiros versos desse espetacular poema:

"Eu nunca guardei rebanhos,

Mas é como se os guardasse.

Minha alma é como um pastor,

Conhece o vento e o sol

E anda pela mão das Estações

A seguir e a olhar.

Toda a paz da Natureza sem gente

Vem sentar-se a meu lado."


Mesmo em meio ao caos de São Paulo, você também pode encontrar momentos de calmaria. É só olhar a sua volta.

2 comentários:

  1. Vai ser uma mudança radical qd for praí...sair a pacata Maceió pra veloz Sampa.
    Eu topo o desafio!
    :)

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  2. Encontrar não é sentir.

    Pode-se até "encontrar" calmaria em meio ao caos de São Paulo, principalmente nas estações dos metrôs como foi também o meu caso. Não com poemas, porém com artes plásticas, mas não "sentir" calmaria. Se parar a máquina passa por cima, naquele momento é possível apenas decorá-la. Imaginá-la. Para que em um lugar tranquilo -não aquele- permita que a calmaria invada o seu ser.

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