domingo, 20 de fevereiro de 2011

Quem não vê bem uma palavra, não pode ver bem uma alma...




  
Sim, sei bem
Que nunca serei alguém.
Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,
Que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora,
Enquanto dura esta hora,
Este luar, estes ramos,
Esta paz em que estamos,
Deixem-me crer
O que nunca poderei ser



Ricardo Reis, um dos muitos heterônimos de Fernando Pessoa.


Aliás, quem não visitou a exposição de Pessoa no Museu da Língua Portuguesa, perdeu! 
Tudo estava de muito bom gosto! Tecnologias mescladas com o bom e velho livro impresso, o poeta fragmentado, disposto em várias de suas facetas...




Parabéns aos idealizadores e organizadores de mais esse belo evento!




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