domingo, 21 de agosto de 2011

Saudade em 3 atos

Uma foto. Um vídeo. Um poema.
Definir a palavra saudade é tão difícil quanto entender as mulheres. Tá bom vai, talvez, um pouco mais fácil. Mas, não deixa de ser tarefa árdua.


Tive a ideia desse post há muito tempo atrás, mas nunca tive coragem de sentar pra fazê-lo. Ou inspiração.
Ou, sei lá o que me faltava.


Que cada ato fale por si só!

SAUDADE  - ATO 1

Saudade (1899, quadro de José Ferraz de Almeida Júnior)


SAUDADE  - ATO 2


Soldados americanos reencontram familiares e amigos depois de longo período de ausência.


SAUDADE  - ATO 3

"Definir a palavra saudade?
Eu não ousaria.
Não é à toa, que ela nem é traduzida.
Saudade não se traduz, se sente.
Ela faz chorar, faz rir, faz amar, desamar.
Saudade é abraço e carinho, quando saciada,
mas é também ausência.
Às vezes, suprida.
Outras vezes, eterna.
Saudade é carta que não chega,
foto que se desbota,
pétalas que murcham.
Saudade de lugares visitados,
de cores e aromas,
de amores passados.
Saudade é avião que partiu,
é um último adeus,
é o primeiro beijo.
Saudade é tema de canção,
é o mote do poeta,
em versos rimados ou não.
Às vezes, gostosa,
muitas vezes, dolorosa.
Muito mais que uma palavra,
mais do que um simples substantivo.
Saudade é um forte sentimento,
e enquanto sentimento, eu a sinto.
E no meu caminhar, 
Ah, saudade...
A saudade eu vivo!"

(Luiz Monaro Soares)

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