sábado, 19 de fevereiro de 2011

Decifra-me ou devoro-te!

Decifrar o amor é como tentar decifrar o enigma da Esfinge: "decifra-me ou devoro-te." 
E nós, às vezes por querer, não o deciframos e esperamos até que ele nos devore. Por completo. Inteirinho.
Desde os fios de cabelo até o dedão do pé.
O amor é insaciável, e sua fome aumenta a medida que ele nos consome. Nós o alimentamos. E matamos a sua sede também. Sua sede de colo, de atenção, de carinho.
Não há animal mais faminto que o amor. Nem os leões, reis das savanas africanas. Nem os tubarões, donos dos mais profundos mares.
Ninguém sabe por que ele é assim, tão insaciável!
Por isso, decidi ir atrás dele, tentar arrancar alguma informação. Formulei uma lista de perguntas, me preparei psicologicamente para encontrá-lo, cara a cara.
Não pude.
Sua assessoria de imprensa apenas me informou que ele anda muito ocupado, com mil afazeres.
Sei bem o que ele anda fazendo.
Me devorando, sem dó, nem piedade. Mais uma vez.
E, como eu gosto disso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário