domingo, 15 de novembro de 2009

"Sim, sou brasileiro e bem brasileiro. Na minha música eu deixo cantar os rios e os mares deste grande Brasil. Eu não ponho mordaça na exuberância tropical de nossas florestas e dos nossos céus, que eu transponho instintivamente para tudo que escrevo".

Heitor Villa-Lobos

Simplesmente genial!

E tudo termina assim,
Nenhum beijo.
Um recado.
Um adeus.
Tudo se acaba com um olhar.
Triste e sem vida.
Os olhos revelam o que o coração sente.
E o coração já não sente nada.
Os olhos se fecham,
Da mesma maneira que o coração
Se fechou há muito tempo.
(Novembro/09)

Uma manhã no parque Trianon

Em algum dia de agosto

Sento-me num dos bancos do Parque Trianon, olho ao redor. Cada banco, igualzinho ao meu, tem um alguém.
Um jovem toca seu violão. É como se o mundo não existisse para ele, fora dos portões do parque.
Algumas pessoas cortam caminho pelo parque. Outros, ao contrário, alongam seus caminhos.
Naquele instante, sou como o jovem que toca violão. Nada existe para mim, além daquelas árvores, daqueles bancos, as folhas no chão.
Fico pouco tempo ali.
Levanto-me, dou uma última respirada mais fundo e saio.
Deixo para trás os portões do parque e volto ao mundo real.

Um oásis em meio à mediocridade

Como já divulguei aqui no blog semanas atrás, durante este mês de novembro, ocorre o III Fórum Nacional de Cristianismo Criativo, evento organizado pelo editora W4 e pelo portal Cristianismo Criativo. Já rolou até entrevista por aqui com a Ana e o Whaner, responsáveis pelo evento.

E na última terça, o convidado da vez foi o grande Gérson Borges. Um dos caras por quem minha admiração tem crescido cada vez mais. Ele nos proporcionou grandes momentos, ao intercalar canções do seu mais novo Cd, Nordestinamente, com um texto, no qual abordava a questão da Atitude Criativa na Cultura. Como atingi-la? Pra quê?
Passeou entre citações de Eugene Peterson e Henri Nouwen e nos fez viajar com sua poesia.

Totalmente demais!

No dia 17, "Atitude criativa na igreja" será o tema que reunirá o pastor Ed René Kivitz (Igreja Batista da Água Branca) e o músico Jorge Ervolini, no 3o Fórum Nacional de Cristianismo Criativo.

Quem quiser ir, o evento aconte Livaria Cultura do Market Place, na Chucri Zaidan.

Ana e Whaner, mais uma vez, parabéns!

Um abraço,

domingo, 8 de novembro de 2009

Poema

Tempo quente,
quanta gente,
Indo e vindo sem parar.

Nas calçadas,
Risos, falas,
De quem tem o que contar.

Vidas passam,
De passagem
Nunca mais se encontrarão.

Fecha o tempo,
Vem o vento
Lá se vai mais um verão.

sábado, 7 de novembro de 2009

Livro de Marcelo Tas, Nunca antes na história deste país

Deixo uma sugestão do caro amigo, Em trânsito, que respondendo ao meu post sobre mais uma das "belíssimas frases" do nosso querido presidente, me indicou o recém-lançado livro do Marcelo Tas, chamado, Nunca antes na história desde país.

No livro, Tas reúne as frases "mais engraçadas e polêmicas" do nosso querido presidente e adiciona seus próprios comentários! Além disso, ele dividiu as frases por categorias, transformando nosso presidente em filósofo, marqueteiro e comediante stand-up (com direto a caricaturas que são absolutamente hilárias!!!)

Apenas para deixar com um gostinho de quero mais, olha a frase do Lula Filósofo. Simplesmente genial!

"O governo tenta fazer o simples, porque o difícil é difícil!"
(durante a 1° Conferência Nacional de Esportes)

Pra quem quiser dar uma olhada, o site do livro é ótimo! Dá pra se ter uma ideia dos bons momentos de diversão que se pode ter!


Vale a pena acessar!



E quem disse que Lula não é Cultura?


quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O primeiro soneto aqui do blog!

Quem é essa que passa
E a todos encanta,
Sorri e se espanta,
Com o tamanho da própria graça?

Essa é a mulher que venero,
Com os cabelos ao vento
Só faz aumentar meu lamento,
A cada dia que a espero.

Rogo a Deus que um dia,
Me permita tal alegria.
De viver para sempre em seus braços.

Enquanto esse dia não vem,
Só penso nela e em mais ninguém,
De longe, seguindo seus passos.

(Nov/09)

A beleza ao cair das folhas


Esperamos pelo verão o ano inteiro. Pelo sol. Praia. Calor.
A primavera também é bem vinda.
Com as árvores repletas de flores. Temperatura agradável.
Pessoas alegres e sorridentes caminhando por alamedas coloridas.
No inverno, reclama-se do frio.
Mas, há de se concordar, que no frio, nos aproximamos mais.
Nos agarramos embaixo do edredom.
Filmes, um cobertor e um balde de pipocas.
Mas ainda falta uma estação.
A mais esquecida. Diria eu, renegada.
Nada se aproveita do outono.
Nada?
Não se sabe se está frio ou calor.
As flores não se decidem se caem ou se ficam nas árvores.
Se colorem ou descolorem.
Eu também já rejeitei o outono.
Dizia, “que estação mais sem graça!”.
Dizia.
Viajando por duas horas, de uma cidadezinha mais afastada da Inglaterra até Londres, reparei a beleza que há no contraste de algumas poucas árvores ainda verdes, com o amarelo, meio amarronzado das demais.
Algumas delas já têm poucas folhas. Apenas seu galhos ficam à mostra.
Elas já estão à espera da próxima estação.
O cenário é meio bucólico.
Olho pra fora do trem, e o que vejo, são ovelhas, branquinhas, branquinhas, no meio do campo, pastando, sem preocupação alguma.
Enquanto isso, o sol começa a se esconder.
Casinhas antigas se escondem atrás das colinas.
Algumas nuvens azuis ainda resistem no céu que começa a escurecer.
Logo mais, o trem chegará à última estação.
Logo mais, o outono vai passar, e só restarão sua folhas pelo chão.

(02/10/09 – Inglaterra, viagem de Leamington Spa até Londres)