segunda-feira, 20 de julho de 2009

Os 100 livros essenciais da Literatura Brasileira


Machado, Drummond, Bandeira, Guimarães...

Com tantos mestres assim, fica difícil eleger quais são as " melhores obras" de nossa literatura.
Mas, a Revista Bravo decidiu se arriscar! E fez uma lista com as 100 obras essenciais da Literatura Brasileira.

De modo geral, concordo com a eleição. Claro que há divergências!
Gosto é gosto e não se discute! Não é o que todos dizem?

Mas o que me causou espanto mesmo, foi o grande número de obras que eu desconhecia!
Mesmo sendo formado em Letras, são inúmeros os livros que eu ainda não li (prometo esforçar-me para lê-los, todos!) e mais ainda, são aqueles que eu nem conhecia! Principalmente, literatura contemporânea. Prometo que esses livros por mim desconhecidos, se tornarão assunto para futuros posts, tão logo eu os conheça um pouco mais a fundo.

Deixemos minhas frustrações de lado e vejamos os 10 primeiros da lista:

1 - Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis - INDISPENSÁVEL!
2 - Dom Casmurro, Machado de Assis - Êeee Capitu...
3 - Vidas Secas, Graciliano Ramos - Na minha lista de livros de cabeceira
4 - Os Sertões, Euclides da Cunha - Nunca tiver coragem de ler (que meus professores e nem meus colegas "letrados" leiam tal disparate!)
5 - Grande Sertão: Veredas, Guimarães Rosa - Li trechos, mas nunca a obra completa. Tenho até uma edição comemorativa. Mas por nunca tê-lo lido na íntegra, muitos me questionam: "Como você se formou em Letras e nunca leu Grande Sertão? Nem eu sei como!
6 - A Rosa do Povo, Carlos Drummond de Andrade - Dispensa comentários! Valeu pai por ter me apresentado a Drummond!
7 - Libertinagem, Manuel Bandeira - Meu poeta predileto!
8 - Lavoura Arcaica, Raduan Nassar - Não li e nem vi o filme, mas me interesso cada vez mais em conhecer o clássico da Nassar
9 - A Paixão segundo G.H, Clarice Lispector - Clarice é sempre Clarice
10 - Macunaíma, Mario de Andrade - O nosso famoso anti-herói

E aí, concorda com esses 10 primeiros livros?

Encerro meu "pequeno" post, com um poema de Bandeira, que põe no papel, de maneira sublime, o desejo de muitos.

Último poema

Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

Abraços,
Luiz

3 comentários:

  1. Os 10 primeiros nomes da Listas são bem conhecidos apesar de eu ter lido apenas 5 deles.

    Adorei o Poema!

    Beijos Lu

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  2. Uma vez ouvi de um entrevistado do Metrópolis (era um professor de literatura, não recordo seu nome) que um dos grandes enganos de nosso sistema educacional-cultural (no âmbito da leitura) era "obrigar" os adolescentes a lerem todos esses livros durante os anos de colégio – para exemplificar temos a “lista de leitura obrigatória da Fuvest, da Unicamp, e por aí vai”. Dessa forma (principalmente nessa idade da "rebeldia declarada") a leitura não é despertada pelo gosto, mas precocemente odiada pela obrigação. Concordo. E salvo exceções, acredito que “A paixão segundo G.H”, por exemplo, tenha muito mais sabor e significado depois dos 23, 24 que aos 16 anos. Tive a sorte de ter uma professora de literatura espetacular (salve, Alice!), que em nossa turma de oito alunos despertou o gosto pela literatura em, pelo menos, uns seis (durante a aula, na explanação do resumo do livro, impossível era não se imaginar caminhando pelas vielas do “Cortiço”, à sombra daquele sobradão!). Mas, enfim... Para mim, “Memórias” é o melhor livro de nossa literatura sim! De longe. Por toda a mágica e inovação para a literatura romântica-cotidiana-a-pata-da-gazela de até então (nada contra José de Alencar, que eu também adoro). No geral, concordo com os outros também. Trocaria “Lavoura Arcaica” por “A Hora da Estrela”, dava uma “subidinha” n’ “A Rosa do Povo”, encaixava “Primeiras Estórias” e com certeza ainda ia ficar o “gostinho de quero mais” para tantos outros títulos. Ah! Também não li “Grande Sertão: Veredas”. Já viu a lista dos 100 títulos essenciais (universal) da Bravo, também? Esse negócio de lista é meio furado, a gente sabe.... Mas é irresistível não ler, argumentar e fazer nossas próprias alterações. Dostoiévski e Kafka estão em 9º e 15º, nessa ordem. Machado está em 59º, logo à frente de Oscar Wilde (The Picture of Dorian Gray). Até que tá bom, né? Agora, imagina você, perante a literatura universal, ter de escalar – em ordem – os 100 melhores títulos... Trabalho para gênio! E que trabalho!
    Parabéns pelo espaço e espero posts da sétima arte! Ah!!! Vi “Okuburito (Departures)”, que levou a estatueta como melhor filme estrangeiro nesse último Oscar. É meio engraçadinho, roteiro simples, mas com uma grande lição de valor à vida e da importância de não se tirar conclusões precipitadas! Indico para pessoas com visão apurada e mente em constante processo de aperfeiçoamento e aprendizagem! Bingo!
    Abraço, parabéns e boa sorte!!!

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  3. Olha lá....hehehe

    Nao é que ele fez mesmo!!!!


    Boa sorte companheiro.

    Em relacao a lista, eu devo dizer que quem a fez nao deve ter sido tao passional como nós somos, e, portanto, julga-la seria no mínimo deselegante. Por outro lado, fazer uma analogia e compracoes com preferências é mais interessante, já que muitos elegeriam para esta lista outros títulos dos mesmos autores, outros ainda temas e roteiros que tem maior influência direta em suas vidas e aqueles que discordam sempre!

    Em minha lista somente um autor e sua obra se encaixariam perfeitamente:Machado de Assis - Dom Casmurro; e outras duas obras de dois autores: Clarice Lispector e Carlos Drumond de Andrade.

    Fraternamente,

    Talles Scudeiro Santana.

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