Nesse fim de semana, vasculhando alguns livros numa livraria aqui em Santo André, encontrei um título com uma pergunta bem recorrente: "Arte pra quê?"
Tratava-se de um compilado de estudos, que tentava explicar a funcionalidade da arte em diferentes contextos: tanto como crítica social ou como forma de resistência à repressão, por exemplo.
Confesso que esse tipo de discussão é válido, interessante e oportuno, mas me chateia muito quando percebo que as pessoas deixam de deliciar-se, de encher-se com arte, para então tentar discuti-la, entendê-la, defini-la, rotulá-la.
Tratava-se de um compilado de estudos, que tentava explicar a funcionalidade da arte em diferentes contextos: tanto como crítica social ou como forma de resistência à repressão, por exemplo.
Confesso que esse tipo de discussão é válido, interessante e oportuno, mas me chateia muito quando percebo que as pessoas deixam de deliciar-se, de encher-se com arte, para então tentar discuti-la, entendê-la, defini-la, rotulá-la.
Um exemplo: um artista que cria obras com fita adesiva e com uma técnica de perspectiva incrível nos engana completamente. Isso é arte?
E as obras do artista plástico Gil Vicente (algumas retratadas na imagem ao lado), expostas na Bienal deste ano, podem ser consideradas "arte"? Talvez para mim sim, para outros não. E se não é pra você, com certeza há outras obras ali na Bienal que são.
A arte serve para que a realidade não nos esmague (como li em algum blog por aí)? Arte serve como manifestação de rebeldia, vontade de expressar seus sentimentos ao mundo, como tentativa de comover, chocar, intimidar, ensinar ou simplesmente para ser admirada? E quem vai dizer que não para qualquer uma dessas tentativas de explicação?
Acredito que o principal sobre essa discussão sobre arte se resume numa frase de Bertold Brecht: "todas as artes contribuem para a maior de todas as artes: a arte de viver."
Você encontra arte em todo o lugar, quando menos espera.
Você só precisa descobri-la. Senti-la. Vivê-la.
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