sexta-feira, 16 de abril de 2010

Razão de ser, de viver, de escrever...

Peço licença e permissão à minha amiga Ingrid, do blog Pasárgada, para apropriar-me de um poema do Leminski, que traduz exatamente a minha razão de escrever.

Em uma frase, o grande Leminski, define: Escrevo porque preciso!

Será que tem de ter um porquê?


Razão de ser

Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.

Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.

A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?

Paulo Leminski

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