17/06 - Presidente Lula critica denuncismo da imprensa em escândalos envolvendo José Sarney
19/06 - José Sarney já tem sete parentes no escândalo dos atos secretos
09/07 - Família Sarney coleciona escândalos no poder
07/08 - José Sarney determina a revalidação de 152 atos secretos no Senado
15/08 - Protestos pelo país pedem saída de José Sarney da Presidência do Senado
Alguns poemas são atemporais!
Esse de Drummond, com certeza, é um deles.
Quem nunca leu as famosas frases, "e agora José, a festa acabou...", num sarau da escola?
E hoje, já que nosso querido presidente não concorda com o "denuncismo" da impresa em relação aos escândalos do Senado, uso da arte, da poesia, para mostrar a nossa indignação.
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José ?
e agora, você ?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama protesta,
e agora, José ?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José ?
E agora, José ?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio - e agora ?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora ?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José !
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José !
José, pra onde ?
(C.D.A)
Sem mais!
19/06 - José Sarney já tem sete parentes no escândalo dos atos secretos
09/07 - Família Sarney coleciona escândalos no poder
07/08 - José Sarney determina a revalidação de 152 atos secretos no Senado
15/08 - Protestos pelo país pedem saída de José Sarney da Presidência do Senado
Alguns poemas são atemporais!
Esse de Drummond, com certeza, é um deles.
Quem nunca leu as famosas frases, "e agora José, a festa acabou...", num sarau da escola?
E hoje, já que nosso querido presidente não concorda com o "denuncismo" da impresa em relação aos escândalos do Senado, uso da arte, da poesia, para mostrar a nossa indignação.
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José ?
e agora, você ?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama protesta,
e agora, José ?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José ?
E agora, José ?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio - e agora ?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora ?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José !
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José !
José, pra onde ?
(C.D.A)
Sem mais!
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