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Pensei no que escrever nesses minutos em que espero, rolando um som do Dave Matthews Band no iPod. Eu poderia escrever sobre as montanhas que vejo pelas janelas e que me fazem imaginar o que estaria por trás delas.
Eu poderia falar sobre o colombiano que viajou ao meu lado e que falou durante 5 das 6 horas do voo. Mesmo quando eu estava dormindo, tenho certeza de que ele continuava falando. 2 meses no Brasil. Várias mulheres. 1 namorada que em breve, vai virar esposa (e o cara me contava como se eu fosse amigo íntimo! Vai entender...) E na próxima semana, é ela que embarca para a Colômbia. Isso é o que eu chamo de intercâmbio cultural.
Daria um ótimo post. Mas não hoje.
Então, decidi voltar a um tema bem recorrente: o amor. Mas não o amor sublime, casais de jovens apaixonados.
Falo do amor porque quero saber por que é tão difícil falar, "eu te amo"?
E vocês vão me responder: "E quem disse que é difícil? Eu falo a todo momento!"
Desculpe-me, não quero parecer petulante, muito menos arrogante, mas, minha réplica é: "e quantos desses, "eu te amo", são verdadeiros? Pelo menos algum deles?"
Dizer eu te amo, não é dar tchau, um até logo, até mais ver. Não é bom dia ou como vai. Não.
Dizer eu te amo é sentir lá no fundo, que o que você diz não é mero clichê, nem romantismo barato. Não é falar por falar.
E aí, quantos "eu te amo", você diz por dia?
Desconsidere aqueles que você manda feito spam pelo Orkut ou Facebook. Ou aquele que você dá a sua mãe, quando quer que ela lhe faça algum favor. Isso não é amor. E lá no fundo, você sabe disso.
Será que isso seria medo de não ser recíproco do outro lado?
Medo de parecer sentimentalista em demasia? De parecer bobo?
Sinceramente, não tenho a mínima ideia. Mas, se isso parecer bobo, eu não ligo mais.
Já perdi oportunidades de mostrar meu amor por quem realmente merece. E me arrependo por isso.
E hoje, já coloquei meu plano em prática. Antes de sair de casa, me despedi da mamãe e dei um beijo ainda no escuro. Quando já havia fechado a porta, pensei: "Por que não demonstrar o que sinto por ela?" Voltei e disse: "Fica com Deus mãe e eu te amo."
Fiz isso com meu pai, com meu irmão e teria feito com a minha irmã, se ela não tivesse trancado a porta do quarto (Privacidade!).
A sensação foi tão boa que repetirei isso mais constantemente.
Se eles ganharam algo com isso, honestamente não sei. Já eu, ganhei. E muito.
Por isso, ainda que de maneira virtual, eu lhes digo, ou melhor, escrevo:
Pai, mãe, John, Carol, Vó, tio, Lê, Jasão, Rafinha, Rafa, Jé... eu amo vocês.
Não de maneira clichê.
E sem precisar explicar o porquê.
Amo, porque esse é o sentimento que nutro por vocês. E sei que é sincero e verdadeiro.
Já com saudades,
Luiz
(escrito no Aeroporto de Bogotá, 17/10, às 13h40) - Sem nenhum valor cultural, mas extremamente rico, sentimentalmente falando. E isso é o que vale!
Mano, eu também te amo, não de maneira clichê e sem precisar explicar algum motivo. Esse sentimento é recíproco, simplesmente pq há amigos mais chegados que irmãos!
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