segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Por que é tão difícil?

Agorinha mesmo, estou na sala de embarque do Aeroporto de Bogotá, Colômbia, esperando meu voo sair em direção ao México (tenho de reconhecer que este meu emprego, tem me permitido uma coisa que eu sempre sonhei: viajar!).
Pensei no que escrever nesses minutos em que espero, rolando um som do Dave Matthews Band no iPod. Eu poderia escrever sobre as montanhas que vejo pelas janelas e que me fazem imaginar o que estaria por trás delas.
Eu poderia falar sobre o colombiano que viajou ao meu lado e que falou durante 5 das 6 horas do voo. Mesmo quando eu estava dormindo, tenho certeza de que ele continuava falando. 2 meses no Brasil. Várias mulheres. 1 namorada que em breve, vai virar esposa (e o cara me contava como se eu fosse amigo íntimo! Vai entender...) E na próxima semana, é ela que embarca para a Colômbia. Isso é o que eu chamo de intercâmbio cultural.
Daria um ótimo post. Mas não hoje.
Então, decidi voltar a um tema bem recorrente: o amor. Mas não o amor sublime, casais de jovens apaixonados.
Falo do amor porque quero saber por que é tão difícil falar, "eu te amo"?
E vocês vão me responder: "E quem disse que é difícil? Eu falo a todo momento!"
Desculpe-me, não quero parecer petulante, muito menos arrogante, mas, minha réplica é: "e quantos desses, "eu te amo", são verdadeiros? Pelo menos algum deles?"
Dizer eu te amo, não é dar tchau, um até logo, até mais ver. Não é bom dia ou como vai. Não.
Dizer eu te amo é sentir lá no fundo, que o que você diz não é mero clichê, nem romantismo barato. Não é falar por falar.
E aí, quantos "eu te amo", você diz por dia?
Desconsidere aqueles que você manda feito spam pelo Orkut ou Facebook. Ou aquele que você dá a sua mãe, quando quer que ela lhe faça algum favor. Isso não é amor. E lá no fundo, você sabe disso.
Será que isso seria medo de não ser recíproco do outro lado?
Medo de parecer sentimentalista em demasia? De parecer bobo?
Sinceramente, não tenho a mínima ideia. Mas, se isso parecer bobo, eu não ligo mais.
Já perdi oportunidades de mostrar meu amor por quem realmente merece. E me arrependo por isso.
E hoje, já coloquei meu plano em prática. Antes de sair de casa, me despedi da mamãe e dei um beijo ainda no escuro. Quando já havia fechado a porta, pensei: "Por que não demonstrar o que sinto por ela?" Voltei e disse: "Fica com Deus mãe e eu te amo."
Fiz isso com meu pai, com meu irmão e teria feito com a minha irmã, se ela não tivesse trancado a porta do quarto (Privacidade!).
A sensação foi tão boa que repetirei isso mais constantemente.
Se eles ganharam algo com isso, honestamente não sei. Já eu, ganhei. E muito.
Por isso, ainda que de maneira virtual, eu lhes digo, ou melhor, escrevo:
Pai, mãe, John, Carol, Vó, tio, Lê, Jasão, Rafinha, Rafa, Jé... eu amo vocês.
Não de maneira clichê.
E sem precisar explicar o porquê.
Amo, porque esse é o sentimento que nutro por vocês. E sei que é sincero e verdadeiro.

Já com saudades,
Luiz

(escrito no Aeroporto de Bogotá, 17/10, às 13h40) - Sem nenhum valor cultural, mas extremamente rico, sentimentalmente falando. E isso é o que vale!

Um comentário:

  1. Mano, eu também te amo, não de maneira clichê e sem precisar explicar algum motivo. Esse sentimento é recíproco, simplesmente pq há amigos mais chegados que irmãos!

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